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Geraldo Ribeiro

Wallery Fleck (diretora de blusa preta) e Mônica (jaleco branco) fazem exercício com os funcionários Foto: Márcio Alves

Nos últimos anos, as empresas começaram a perceber que a saú- de do funcioná- rio é um patrimônio a ser preservado, para evitar prejuízos causados pelo afastamento do trabalho. De olho nisso, muitas passaram a investir na prevenção dos males provocados pelas lesões de esforço repetitivo (LER) e pelos distúrbios osteomusculares relacionadas ao trabalho (Dort). Esses cuidados abriram um campo para profissionais da Fisioterapia Preventiva e do Trabalho, cujos salários atingem a faixa dos R$ 5 mil.
- É uma área em ascensão — garante o professor José Gabriel Werneck , coordenador do curso de Fisioterapia da Universidade Veiga de Almeida (UVA).

As grandes empresas, sobretudo as multinacionais, foram as primeiras a investir na prevenção de doenças, como a síndrome compressiva do túnel cárpico, caracterizada pela dor na região do punho e da mão, muito comum entre digitadores, além de tendinites, problemas de coluna e surdez induzida pelo ruído. As pequenas e médias seguiram o mesmo caminho.

- Tenho clientes com 15 funcionários. Eles já perceberam que o custo não é elevado eo resultado vem no curto prazo, sem contar a satisfação do empregado, que se sente valorizado — diz a fisioterapeuta Wallery Fleck, na área desde 2004 e hoje dona de uma empresa de ginástica laboral.

O mercado é aberto a profissionais com graduação em Fisioterapia, com especialização em Fisioterapia Preventiva e do Trabalho, Traumato-Ortopedia e Reumatologia.

Profissionais valorizados no mercado

Com o entendimento de que cuidar da saúde do trabalhador é importante, o fisioterapeuta especializado na prevenção das doenças do trabalho passou a ser um profissional cada vez mais valorizado no mercado. Porém, ainda falta uma legislação específica que obrigue as empresas a manterem esses profissionais em seus quadros. Hoje, elas contratam por perceber a importância deles.

— Há os exames admissionais e demissionais,que são obrigatórios, mas os fisioterapeutas, que cuidam da prevenção, não estão sempre incluídos nas equipes que tratam da saúde do trabalhador — aponta o professor José Gabriel Werneck.

O coordenador de Fisioterapia da UVA acredita que a medida abriria ainda mais as portas do mercado para os profissionais da área.