Toda escolha trás consigo muitas renúncias. Quando escolhemos algo sempre estamos abrindo mão de muitas coisas e aceitar as consequências é inevitável. Este é o tema abordado no artigo escrito por Estela Galvani Fuzatto, da Ergolife, para o site de noticias Pira Digital. Confira!

fonte: piradigital.com.br

 

Uma vez ouvi esta história do grande profissional Eugênio Mussak que me fez refletir sobre decisões e que gostaria de compartilhar com vocês abordando um pouco esta questão tão importante: fazer ou não fazer.

James Corry é um presidiário do futuro, cumprindo pena em um asteroide. Vai ficar 50 anos sozinho. O comandante da nave que o leva, com pena do condenado, deixa com ele Alicia, um robô com forma de mulher. Com o tempo, James apaixona-se por Alicia. Um ano depois, o tribunal revê o processo e ele é perdoado. A nave volta para buscá-lo, mas surge um impasse: não há espaço para Alicia. James se vê, então, na traumática situação de ter de escolher entre a liberdade e seu grande amor.

Este é um enredo de um episódio do seriado “Além da Imaginação”, que fez muito sucesso há alguns anos. O programa explorava os limites da mente humana por meio de situações hipotéticas, muitas delas impossíveis e bizarras. No episódio em questão, o que se colocou foi a luta entre a razão e a emoção no processo de tomada de decisão.

Algo que acontece todos os dias, pois vivemos tomando decisões. Decidimos coisas simples, como que roupa vestir de manhã e qual prato pedir no almoço; e outras mais complexas, como a priorização das tarefas, compromissos e negócios. Decisões urgentes, estratégicas, pessoais, profissionais, isoladas e em conjunto. O que não podemos é não decidir.

Mas, cuidado, há uma diferença entre decidir emocionalmente e considerar o emocional na hora de decidir. A segunda é a melhor opção, pois as decisões puramente emocionais consideram apenas binômio prazer-desprazer. Ou seja, decisões emocionais são as que privilegiam o prazer imediato, sem respeitar as conseqüências futuras. Essa é uma característica infantil, pois a criança ainda está aprendendo a lidar com a lógica, mas às vezes aparece em adulto, quando não amadureceram sua inteligência emocional. Líderes não escapam dessas ciladas da vida.

James Corry ficou paralisado diante dessa terrível decisão. Quem agiu, então, foi Allenby, o comandante da nave, que destrói Alicia com um tiro. “Tudo o que você está deixando para trás é a solidão”, diz, colocando a situação na perspectiva adequada.

DECIDIR PODE NÃO SER FÁCIL, MAS PIOR É NÃO DECIDIR. Se isso acontecer, a decisão será tomada de qualquer maneira, pela vida, pelos outros, pelas urgências