Hoje o assunto escolhido foi a Síndrome Metabólica. Mas afinal de contas, o que é a Síndrome Metabólica? Na década de 80, um pesquisador chamado Reaven observou que doenças frequentes como hipertensão, colesterol e alterações na glicose estavam relacionados à obesidade. E pesquisando-se mais um pouco, notou que essas doenças estavam ligadas por um elo chamado resistência insulínica.

Mas o que a insulina faz no nosso organismo? A insulina é um hormônio secretado pelo pâncreas e tem como principal função retirar a glicose do sangue e leva-la até as células. Mas, ela também é responsável pelo metabolismo das gorduras. Então, resistência insulínica está na dificuldade desse hormônio em exercer suas funções. Geralmente ela está associada à obesidade dos indivíduos.

Segundo os critérios brasileiros, a Síndrome Metabólica ocorre quando estão presentes 3 dos cinco critérios abaixo:

  • Obesidade central. Circunferência da cintura em homens maior que 102cm e mulheres maior que 88cm.
  • Hipertensão arterial acima de 130x85mmHg.
  • Glicemia acima de 110mg/dl ou diagnostico de Diabetes.
  • Triglicerídeos (gordura no sangue) acima de 150mg/dl.
  • Baixo HDL (“colesterol bom”) abaixo de 40mg/dl em Homens e abaixo de 50mg/dl em Mulheres.

Essa resistência mostra que é necessário mais insulina do que está sendo produzida para manter o organismo em funcionamento normal e também o nível de glicose sanguíneo.

A maioria das pessoas que apresentam Síndrome Metabólica não apresentam sintomas, mas estão na faixa de risco para desenvolverem doenças graves, como cardiovasculares e diabetes. Para a maioria das pessoas, o aparecimento da Síndrome aumenta com o envelhecimento. O risco aumenta ainda mais para quem:

  • Leva uma vida sedentária
  • Não possui um hábito alimentar saudável, aumentando a circunferência abdominal
  • Tem histórico de diabetes na família
  • É hipertenso

Praticar atividade física e perder peso são as melhores formas de prevenir e tratar a Síndrome Metabólica. Detectar o problema pode reduzir o aparecimento de futuras doenças cardíacas e além disso, terá tempo para mudar seu estilo de vida, evitando complicações futuras.

Professor Vitor Menegatti